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HISTÓRICO DA ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS

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                                                 Fachada atual da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

 

            A necessidade de atualizar a doutrina militar terrestre, decorrente das experiências vividas durante a Campanha de Canudos motivou o Exército Brasileiro a buscar uma metodologia efetiva para o emprego da Força Terrestre.

            A fim de estabelecer parâmetros para a criação de um Exército mais moderno, foram enviados oficiais para missões no exterior visando conhecer as doutrinas militares utilizadas por outros países e verificar a possibilidade de adequá-las à realidade brasileira.

            A participação de militares brasileiros ao lado de batalhões franceses durante a 1ª Guerra Mundial e o sucesso obtido pela França no conflito contribuíram na decisão para a escolha da doutrina militar francesa como base para a reestruturação do Exército. Desta forma, e sob orientação da Missão Militar Francesa foi criada a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) pelo decreto Federal 13.451 de Janeiro de 1919, pelo então Ministro da Guerra General de Brigada Alberto Cardoso de Aguiar.

 

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A Missão Militar Francesa, comandada pelo Gen Gamelin, deu origem à EsAO

 

            A Escola iniciou suas atividades em 08 de abril de 1920, instalada no quartel do 1º Regimento de Artilharia Montada (atualmente 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado). Após 4 anos de funcionamento em sua sede provisória a Escola foi transferida para o atual aquartelamento, à época um moderno pavilhão construído especificamente para fins escolares.

 

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Instalações definitivas da EsAO: Pavilhão principal e Anexo, á esquerda, concluídos em 1924

 

            Em 1936 a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, naquela época E.A.O, foi transformada na Escola das Armas pela Lei nº 189, de 22 de janeiro. E, em 04 de abril, foi aprovado o primeiro distintivo da Escola que consistia em uma estrela pentagonal, sobreposta a um sabre dentro de quatro círculos concêntricos.

            Para mobilizar e enviar a tropa brasileira para a Segunda Guerra Mundial no teatro de operações europeu, o Ministro da Guerra manda fechar, provisoriamente, a Escola das Armas em janeiro de 1942 e, no mês subsequente, o comando da Escola é extinto. Desta maneira, o contingente deste Estabelecimento de Ensino fica a cargo do Cap José Soledade Neves, dois oficiais auxiliares e um veterinário. Em 1943, instala-se nas dependências da EsAO o Centro de Instrução Especializada, embrião da atual Escola de Instrução Especializada (EsIE).

            Em 1946 a Escola volta a funcionar, agora novamente como Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, a nossa EsAO. Ela fica subordinada ao  Centro de Aperfeiçoamento e Especialização do Realengo (CAER) e tem sua primeira turma, pós-Segunda Guerra, iniciando os trabalhos em abril do mesmo ano.  

            Em abril de 1964, as aulas foram suspensas por mais de 15 dias, sendo os oficiais-alunos e instrutores enviados às diversas Organizações Militares a fim de estarem prontos para um possível emprego durante o movimento contra-revolucionário.

            A segunda década do século XXI marcou a participação da Escola nos grandes eventos que ocorreram naquele período. Durante os Jogos Mundiais Militares, na Escola funcionou o Centro Principal de Imprensa e, durante as Olimpíadas de 2016, seu efetivo participou da Operação Cardeal IV, constituindo a Brigada Montese.     

            Durante quase um século a EsAO cumpriu sua missão de atualizar e ampliar os conhecimentos dos jovens oficiais do Exército Brasileiro. Paralelamente, oficiais da Marinha, Força Aérea, Polícias Militares e de Nações Amigas passaram por nossos bancos escolares, trocando experiências, estreitando vínculos e estabelecendo relações entre instituições e países.

            Já tendo aperfeiçoado mais de trinta e três mil capitães ao longo de sua história, a EsAO é a única Escola do Exército Brasileiro por onde passam todos os capitães de carreira do Exército, em uma imersão profunda no estudo da tática. Nada mais justo, que ela seja conhecida no âmbito da Força como “A Escola da Tática, a Casa do Capitão”.

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